terça-feira, 5 de outubro de 2010

Time to take some time

Há muito tempo que não venho aqui escrever. Uma das razões prende-se com o meu cansaço. A outra prende-se com o facto de realmente não ter nada de interesse para vos dizer. Sobretudo, desde que constatei que este blogue é visitado por pessoas que não me interessava minimamente que aqui parassem. É uma chatice quando temos uma espécie de intruso à espera de encontrar aqui referências à nossa vida pessoal. Não o vai encontrar aqui. Mas, claro, não me sinto com vontade de escrever para alguém com quem não quero ter o mínimo contacto que seja, nem mesmo via blogue. É daquelas coisas estúpidas, porque não devia afectar-me. Eu devia continuar a escrever como se nada fosse. Mas realmente, não consigo.
Assim, a Passaroca vai tirar uns tempos de férias. Vai pensar. Vai reflectir. Vai dar um tempo.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Está uma gaja a trabalhar como uma moira.... (bolinha vermelha no link!)

.... numa tradução e de repente teve de ir ver que diabos é "shaved wood". Dicionários, e outros recursos online à mão, até que tem a brilhante ideia de recorrer às imagens do google para ter uma luz neste cérebro cansado, e leva com isto!

Haja decência, senhores! Haja decência!....

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A 'rentreé' com ares de 'silly season'

Durante o mês de Agosto este blogue esteve encerrado para férias do pessoal. No decurso desse mês até aconteceram algumas coisas, mas no geral, isto até foi calmito. Vocês já me conhecem e portanto já sabem que eu não falo dos assuntos da actualidade de que toda a gente fala. Quando muito deixo a minha "douta" opinião no facebook e fica o assunto arrumado.


Contudo, o mês de Agosto terminou com um acontecimento que para mim é digno de nota. Um acontecimento internacional que me deixou com a sensação de que as coisas são como são e de que por mais que se tente mudar a ordem cósmica das coisas, a ordem cósmica é que dita as regras.


Pensarão vocês de que raios estarei eu a falar. Pensarão vocês se não estou aqui a encher chouriços porque não tenho nada para dizer. Ora bem... em parte estão certos. Realmente não tenho assim nada de revelador para partilhar com o mundo, mas como eu há muita gente e portanto não creio que esteja a cometer algum crime (como uns e outros que por aí andam...).


Ora bem, o grande acontecimento que me decidi partilhar convosco é o casamento do Julio Iglesias com a sua holandesa parideira, a Miranda (qualquer coisa burger.... os apelidos holandeses são tão beras como eles!).


Há 20 anos catrapiscou a mocinha com um "cariño" para aqui, um "mi amor" para ali e depois lá conseguiu convencer a pobre pequena a namorar com ele e a passear com ele pelas digressões. Passados uns anitos a moça começou a cansar-se de andar com ele nas digressões (enfim... quantos anos teria ela de ouvir "Me voy, me voy, vooooyyyy" até perder por completo a sanidade mental?!) e toca de enfiar com a moça numa mansão paradisíaca na República Dominicana (ele há homens muito maus!!!) e de aproveitar para a emprenhar antes de partir para a digressão seguinte. À conta disto, a desgraçada pariu 5 crias (duas em ninhada) e o Don Julio a passear por esse mundo fora.


Ao fim de 20 anos e depois de a rapariga ter encerrado o útero a mais explosão demográfica, o que é que um homem pode fazer para reprimir qualquer princípio de oposição, golpe de estado e abandono do lar? Pedir a moça em casamento e, subsequentemente, casar-se com ela!


E lá se casou! À falta de uma cerimónia religiosa, houve duas. Os dois vestiditos que a moça vestiu, que pareciam comprados nos ciganitos, eram ambos Oscar de la Renta (que até é vizinho e tudo, lá Rep. Dom.) e os convivas foram a filharada, o pessoal doméstico da mansarda em Marbella (e olhem que não são poucos!!!) e.... os milhares de leitores da Hola!


E pronto, minha gente. Aqui têm esta 'rentreé' ainda a cheirar bastante a 'silly season'!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Miragem...




Para alguns uma realidade... para mim, uma miragem!

De qualquer modo, boas férias!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

António Feio

Devia ser 1h da manhã, quando me liguei ao facebook e vi a notícia.
Embora o desfecho não fosse uma surpresa, a verdade é que me apanhou desprevenida.

Que nós saibamos, não há nada mais definitivo que a morte. Os planos, os projectos, os sonhos,... tudo fica pelo caminho, porque se chegou ao fim.

Eu quero acreditar que há algo mais do que isto aqui. Quero acreditar que não passamos uma eternidade a servir de combustível para a bicharada subterrânia. Quero acreditar que passamos para uma outra dimensão onde não existe dor, nem sofrimento, nem doenças, nem velhice. Quero acreditar que quem morre aqui, vive noutro lado.

Uma coisa eu sei: a imortalidade existe quando lembramos os que nos são queridos. A imortalidade existe quando, nos nossos corações e nas nossas recordações, aqueles que partiram para sempre continuam a ser invocados e recordados. A imortalidade existe quando citamos o que disseram, quando aplicamos na nossa vida a sua sabedoria.

O António Feio morreu ontem. Mas para mim e para muita gente é Imortal.


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Remissão

Hoje ao fazer a minha visita diária ao blogue da Bad Girl deparei-me com um texto com o qual me identifico completamente (aliás... costumo identificar-me com a grande maior parte deles).


O texto de hoje, intitulado "la mala educación" chamou a atenção para aquelas pessoas que quando vão pôr combustível no carro, fazem toda uma série de coisas antes, durante e depois de abastecerem o carro, e que irritam.


Primeiro, parece que precisam de pedir autorização ao cérebro para sair do carro e a partir daí é todo um processo de lentidão até se irem embora de vez. É penoso e irritante para quem está à espera, ver aquela sequência lenta e desnecessária de actos sequenciais que a BG tão bem descreve.


Haja pachorra, caramba!


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Sem televisão...


A televisão da sala avariou-se. Neste momento estou na sala a ouvir o "Oceano Pacífico" na RFM e a pensar que me apetecia ver o episódio de hoje das "Gilmore Girls" ou coisa que o valha.


O espaço vazio que deixou foi devidamente limpo de todo o pó que e está agora ocupado por uma telefonia, a meo box e o router.


Quanto eu era mais novita, ouvia muita rádio. Ouvia, por exemplo, o "Oceano Pacífico" enquanto fazia os trabalhos e casa. Mas hoje não estou a achar graça ao facto de estar a ouvir rádio porque não tenho a televisão.


Já sei que podia estar a ver uma série no computador... mas não é confortável. Não é o mesmo que estar no sofá, de perna estendida numa cadeira, a ver um ecrã grande.


Isto faz-me lembrar uma tira da Mafalda em que a Susaninha lhe conta que a TV se avariou e que então passaram "tooooooodo o jantar" e depois "toooooodo o tempo depois do jantar" sem a televisão e por fim, a observação cruel da Susaninha "ontem apercebi-me de como realmente os meus pais são aborrecidos".... (não é o meu caso, mas lembrei-me desta tira....)


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Resultado da "Enquete"

Pois... pelo que vejo ali ao lado, ninguém leva prémio. Não ganhou nem a Alemanha, nem a Holanda. Ganhou a Espanha.


O que proponho é que se faça uma almoçarada com arroz de polvo, polvo à lagareiro, salada de polvo, polvo à galega...



segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ursinhos de peluche


Por causa de um comentário que fiz aqui lembrei-me de partilhar convosco, meus fieis leitores, algo pessoal.
Quando era miúda, numa noite em que não conseguia dormir, o meu pai deu-me um dos meus ursinhos de peluche para me agarrar a ele e dormir. Era tarde e o pobre coitado estava já demasiado cansado para se pôr a ler-me histórias para eu adormecer.

Durante anos dormi com aquele ursinho. Acho que foi até à adolescência.

Na adolescência - aos 16 anos, mais exactamente - arranjei o meu primeiro namorado. Começámos a namorar em Outubro e quando chegou Natal, ele ofereceu-me um ursinho de peluche muito fofo, muito branquinho e muito prático, pois tinha um fecho nas costas onde eu punha os bilhetinhos que ele me escrevia...

Adiante...!

A partir daí e até quase aos meus 30 anos, eu dormi com esse ursinho. O namoro, esse, acabou quando eu tinha 22 anos ...


sábado, 26 de junho de 2010

Cartas

Ontem fui dar com um pequeno baú onde guardei cartas que me escreveram nos anos '90. Nessa altura não havia mail, os telemóveis tinham acabado de surgir e as tarifas de telefone eram mais proibitivas do que agora. Portanto, para se manter o contacto com os amigos, escreviam-se cartas.

[Aliás, quem não se lembra de ter os "pen pals" (ou correspondentes, em português), através de uma organização qualquer que não me lembra agora o nome, de quase todas as partes do mundo?]

Ao viajar no tempo através das cartas que tenho ali guardadas (ainda me dei ao trabalho de ler algumas delas), fiquei realmente espantada com o pouco que dizíamos numa simples carta. E fiquei ainda mais estarrecida quando constatei que actualmente nem sequer se escrevem e-mails a dizer um simples "olá, como estás? aqui estamos todos bem. dá beijinhos à família". Hoje, os e-mails servem para enviar os malfadados "forwards" ou para chatear com questões de trabalho. Há que tempos que não recebo um e-mail de alguém amigo para pôr "a escrita em dia".

Ontem reli cartas de pessoas acerca das quais não sei nada actualmente. Reli cartas de pessoas que seguiram rumos que não se cruzaram mais com os meus.
Também reli cartas de pessoas que ainda hoje são minhas amigas. Que estão no topo da lista dos melhores amigos que tenho. E não deixa de ser engraçado constatar que se todos evoluímos na vida, uns mudaram a sua forma de estar mas outros continuam a ser completamente frenéticos e cheios de garra.

Algo recorrente nas cartas que reli foi algo do estilo "as adversidades com que nos deparamos agora só servem para nos tornarmos mais fortes. vai ficar tudo bem, vais ver".

Não deixa de ser impressionante que pessoas que estavam a terminar a adolescência tivessem essa noção optimista da vida. Numa das cartas, uma amiga dizia-me algo como isto "se não conseguir fazer esta cadeira agora, faço depois. temos muitos anos pela frente". A noção que tínhamos do tempo era fascinante... "muitos anos pela frente"... e fazendo justiça à minha amiga, ela não era uma baldas... era apenas um artifício que usava para não dar em doida com os exames.

Se de repente me desse para pegar na minha agenda e em papel de carta para escrever às minhas amigas e aos meus amigos, pergunto-me quantos me respondiam de volta da mesma maneira. É que a julgar pelos cartões de boas festas que envio e que não obtêm resposta, acho que ia ter uma grande decepção....

Que saudades de receber cartas! Que saudades!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Altos, baixos, curvas, contracurvas e rectas.... com buracos

Por vezes acho que sou uma montanha russa emocional. Tenho dias em que, no espaço de apenas poucas horas, passo por momentos de total euforia e desato a fazer e a dizer disparates e de seguida por momentos de uma grande angústia e tristeza e sigo directamente para a raiva e a revolta. Tudo isto me deixa extremamente cansada e a pensar se não estarei realmente no limiar da insanidade... como se estivesse a pisar um risco e com a sensação de que se passar para o lado de lá do risco, perco completamente o juízo e que se permanecer do lado de cá, mantenho alguma sanidade.... é esquisito à brava.

Não creio que sejamos uma e só pessoa dentro do nosso corpo. Somos várias. Mas quando se juntam quase todas ao mesmo tempo, parece que se esteve numa montanha russa que parece que nunca mais vai parar a não ser quando finalmente adormecemos de cansaço.

Talvez isto hoje seja reflexo de uma semana stressante, em que cada coisinha que aconteceu esteve sempre envolta em confusão e falhas de comunicação. O stress cansa-me e deixa-me muito irritada e com variações de humor. Sim, é isso... é o maldito stress.

Como é possível viver desta forma?!.... Pergunto-me todos os dias...

sábado, 19 de junho de 2010

Nova Enquete na Passaroca


Quem acertar na resposta, ganha uma Vuvuzela, um frasco de álcool e um isqueiro!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Pequeno-almoço e pardais

Esta manhã tive a sorte de poder tomar o meu pequeno-almoço numa esplanada em Portimão, enquanto esperava por um telefonema a dar-me um "Ok" para proceder a uma operação bancária.

(quem ler isto assim há-de pensar que fui fazer alguma transferência de fundos ilícitos para a Suíça ou coisa que o valha.... adiante!)...

Enquanto comia a minha sandes de fiambre sem manteiga (sim, estás a ver ó taberneira?) e o meu galão, apareceu um pardalito que procurava um naco para debicar.

Generosa como sou e doida por pássaros como sou, lá atirei um pedacinho de pão ao meu amigo alado:




Depois de ter comido o seu pedacinho de pão a uma distância de segurança (daí a fotografia tirada no telemóvel não estar lá grande coisa), o malandreco saltitou para perto de mim e lançou um "piu!!!" como quem diz "quero mais!!!" e lá lhe atirei mais um pedacinho de pão que ele agarrou com o bico e levou dali voando rápido, porque apareceu mais um comensal...




Gestão Patriótica do Património




Se a passaroca fizesse a gestão patriótica do património, faria o seguinte:
1 - Ia às lojas mais caras comprar roupa e acessórios de marca, a preços proibitivos, pagando tudo com cartão de crédito.
2 -Ia todos os dias aos restaurantes mais caros, comia do bom e do melhor, pagando também com cartão de crédito.
3 - Fazia um contrato de locação financeira de um carro topo de gama.
4 - Frequentava os lugares mais caros e exclusivos, fazendo, se possível, uso do cartão de crédito ou de "conta da casa" a regularizar a cada final de mês (ou dois ou três meses...).
5 - Ia ao cabeleireiro e centro de estética mais caros e exclusivos, pelo menos todas as semanas, pagando tudo com cartão de crédito.
6 - Tinha uma tremenda de uma casa, também comprada com recurso ao crédito.
7 - Contraía um crédito ao consumo para pagar as contas dos cartões de crédito.

Quando as prestações do leasing do carro, do crédito à habitação , do crédito ao consumo e dos tais lugares exclusivos começassem a morder-lhe os calcanhares por mora e posteriormente incumprimento dos pagamentos, a passaroca tomaria as seguintes medidas de austeridade:
1 - Deixava de dar gorjetas nos restaurantes, no cabeleireiro e centro de estética.
2 - Reduzia o horário de trabalho da mulher-a-dias - reduzindo-lhe assim a remuneração a metade, deixando também de lhe dar almoço e de lhe pagar o transporte.
3 - Despedia as funcionárias do escritório a quem pagava apenas o salário mínimo nacional e a recibos verdes.
4 - Cancelava as assinaturas da LuxWoman, da Máxima e da Elle.
5 - Deixava de comprar o Expresso ao fim de semana.
6 - Passava a pôr gasóleo normal em vez de gasóleo xpto.


Estas medidas seriam idóneas a resolver os problemas de falta de crédito e liquidez da passaroca? Claro que não! Mas a Gestão Patriótica do Património não pressupõe o sacrifício dos luxos do devedor. Pressupõe a redução de despesas que envolvam o sacrifício dos mais fracos e o corte em despesas não significativas e ainda a tomada de medidas perfeitamente idiotas que não atrasam nem adiantam...


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Decisões...

Quando tomamos uma decisão, parte-se do princípio que ponderámos e pensámos muito bem. Que pesámos os prós e os contras e que racional e friamente, tudo visto e revisto, tomámos uma decisão.
Se a decisão é boa ou má, por vezes só vamos saber mais tarde - quando as consequências nos batem à porta.

Há decisões fáceis de tomar. Não têm nada que saber. Mas há outras que são difíceis.

De entre as decisões difíceis há aquelas que realmente são tremendamente difíceis porque são contrárias às nossas emoções, aos nossos sentimentos, aos nossos afectos... Quando a razão entra em conflito com o as emoções e acaba por levar a melhor, sofremos, choramos, ficamos feridos por dentro.

Mas, tudo ponderado, tudo pensado, tudo visto e revisto, acaba por ser a decisão que tem de ser tomada.

Quanto ao resto... dizem que o tempo cura todas as feridas.
Dizem...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A minha barra lateral agora está no rodapé!!!


E eu não sei como raio hei-de voltar a pô-la no lugar, uma vez que o "design" desta coisa diz que a minha barra lateral está..... do lado direito.

Mas quem me manda a mim mudar o visual do blogue?!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Diálogo em trânsito...

Há coisas que por vezes duram assim uns segundos, mas que marcam um dia. Hoje aconteceu-me isso.

Num dia em que tudo andou atrasado e o meu carro ficou sem bateria, num dia em que lá vou eu de pasta e mala e saltos altos (cunha, é certo... mas altos) a atravessar uma avenida para ir para o "evento" seguinte da minha agenda numa grande lufa-lufa, surge o tal momento que durou segundos e que me aligeirou o peso do dia...

No sentido oposto ao meu, também esbaforido com o calor, também à pressa numa lufa-lufa, também de pasta e com o equivalente aos saltos altos - o fato! - vinha um rapaz nos seus vinte e tais, giríssimo.

Naquela pressa e naquela caloraça e com toda aquela lufa-lufa, por segundos eu reparei nele, por segundos o meu olhar não escondeu o que o meu cérebro pensava : -"mas que gajo tão giro!" . Mas o melhor de tudo é que tive do lado dele, por segundos, um olhar que serviu de resposta ao meu olhar, e que me disse "eu sei que sou giro, pá!".

Uns olhos verdes bem giros, por acaso...

domingo, 13 de junho de 2010

O Google Reader...

... é muito interessante. O que acontece é que o endereço de email e perfil google que utilizo no dia-a-dia não é o do PKB. E portanto, como o endereço que uso não é o que está associado ao blogue, não me serve de nada ter o google reader. Lá continuo a fazer as coisas à moda antiga: vou ao meu blogue, vejo os meus links e leio os blogues que estiverem actualizados.

C'est la vie...

Mudança de visual...

... que não sei se surtiu os efeitos desejados. A barra lateral ontem passou para o rodapé e não sei quando voltará ao normal. Os títulos dos posts estão ou a azul ou a cinzento e o tamanho da letra está assim um pouco foleiro.

Isto é para ir afinando a pouco e pouco, que o tempo e a pachorra são limitados.

Se postar um texto grande isto se calhar volta ao lugar.... (food for thought)

Sleepless somewhere in the world....

É tarde. É quase madrugada. Portanto, até é cedo. Na verdade, o meu corpo não sabe que horas são e apesar do cansaço, não quer deitar-se na cama e dormir. E porque será?

Tenho duas profissões. Ambas puxam pelo meu cérebro. Logo a mim, que sou das pessoas mais preguiçosas mentalmente que conheço e desprovida de um QI que permita fazer qualquer brilharete. Tudo o que faço, utilizando o que tenho aqui entre as orelhas, é feito com muito trabalho, muitas horas, muitos feriados e fins de semana perdidos. O cansaço instala-se depressa, apesar de precisar de ter necessidades de descanso parecidas com as dos grandes génios que nunca dormiam.

E portanto, é tarde, é cedo, é madrugada, é o fim da picada, é todo o meu mundo sobre os ombros e a vontade - a grande vontade - de fugir sem deixar rasto e desligar de tudo. Virar páginas inteiras da minha vida e começar de novo. Quem sabe até ter um ataque de amnésia selectiva e esquecer-me de tudo, menos dos meus afectos e das minhas alegrias.



Sim... por vezes quero ser avestruz e enfiar a cabeça na areia...

sábado, 12 de junho de 2010

A passaroca e as plantas...

As plantas se deixadas ao cuidado da passaroca morrem. E morrem porquê? As plantas não se mexem, as plantas não se queixam, as plantas não miam, não ladram, não ganem, não arranham as portas, não andam atrás de nós....

Não! As plantas estão estáticas dentro de um vaso e o único sinal que dão de que as coisas estão a correr mal é ficarem com um ar um pouco murcho e com uma cor um pouco acastanhada.

Quando já estão neste estado, é regá-las e rezar para que a dona das plantas não repare que as outrora viçosas e verdes amigas que alegram a varanda estão talvez um pouco menos viçosas e verdes (se não tiverem pura e simplesmente morrido...).

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ora bem... Epílogo

E dá-se por concluído o processo Titinhagate. A senhora pediu desculpas e a Luna deu assim o caso por encerrado. Mas não foi fácil. Foi preciso pressionar, expor ao maior número de pessoas possível, espalhar pelos blogues e pelo Facebook.

Mas, como diz o ditado Errar é Humano, Perdoar é Divino!

A vida segue dentro de momentos...

terça-feira, 8 de junho de 2010

A passaroca e a televisão - parte II

Acabei de jantar e estou a ver a Nigella.... e de repente apetece-me comer mais qualquer coisinha!!!




Confesso que gosto da postura quase trapalhona desta senhora. Mostra-nos que para se fazer coisas boas na cozinha, não é necessário empratar tudo muito perfeitinho ou cortar tudo muito certinho. Basta cozinhar com gosto e comer com gula! (Sim, ela é bem capaz de comer, com gosto, umas colheradas da sobremesa que está ali na fotografia).

Gosto muito da Nigella!

A passaroca e a televisão


Ora aqui está um assunto interessantíssimo, mas não me ocorreu falar de mais nada e como vejo alguma televisão, apeteceu-me falar aqui da minha relação com a dita cuja.

Confesso que gosto de ver televisão. Bendito o dia em que alguém se lembrou que era muito mais giro pôr o pessoal esparramado no sofá a ver todo o tipo de entretenimento que as cabecinhas criativas se lembram do que continuar a haver gente nas ruas a caminho dos cinemas ou dos teatros...

Nesta era de séries e mais séries, que é que uma pessoa pode fazer senão seguir religiosamente umas quantas e viver as intrigas de cada uma delas? São como as telenovelas nos idos anos 80. Toda a gente via, toda a gente comentava e toda a gente torcia pelo bonzinho e desejava o pior para o mauzinho.

Só que actualmente as séries prolongam-se no tempo, os argumentistas tentam escrever para fazer render o peixe e por vezes têm de matar personagens porque os actores se querem ir embora fazer outra coisa qualquer.

E o que acontece quando se muda de fornecedor de entretenimento? Sim... quando se muda da Zon para a Meo ou Cabovisão? É que há canais exclusivos e de repente perdemos o canal que víamos religiosamente por causa das séries! Que fazer?

Pois bem... adquirem-se novos hábitos televisivos!

Já perdi a Betty Feia, a Anatomia de Grey, a Irmãos & Irmãs e sei lá eu que mais! Mas e que ganhei eu?

Ora, ganhei o Project Runway, o America's Next Top Model, e ainda as reposições do Crime, disse ela! e ainda a do Cheers, Allo, Allo, Uma família às direitas, Alf...

Ah, e ganhei também o E! com as manas Kardashian e o Casa Club TV com as receitas da Laura Calder e da Anna Olsen e o Hell's Kitchen!

Conclusão: onde há uma televisão com serviço de cabo há sempre imensas opções e uma pessoa nunca fica sem ter o que ver. E melhor ainda... quando se apanha um ou outro episódio no canal 2 de séries que se acompanhavam na Fox Life, ao fim de 1 ou 2 minutos apanhamos o fio à meada e apercebe-mo-nos de que não perdemos absolutamente nada!

E depois de escrever este post, fiquei com a sensação de que realmente a minha relação com a televisão é de puro entretenimento e total ausência de enriquecimento intelectual... mas é para isso que aquilo serve, não é?....

segunda-feira, 7 de junho de 2010

E a boa notícia é...


.... que a madrinha voltou!

Estou feliiiiiiz!

Venha o OMQ - Season II!

Ora bem...


... e hoje no facebook e na blogosfera em geral, anda tudo num corropio por causa de uma fulaninha (senhora não se aplica neste caso) andou a plagiar no facebook passagens deste blogue.

Devo dizer-vos, minha gente, que vale a pena ir ver o blogue para constatarem como foi que a fulaninha andou a plagiar com requintada premeditação e malvadez coisas escritas em 2006 e 2007, pensando que não seria apanhada...

Para quem tem blogues e escreva bem (este blogue não é o caso.... ufff!), ponha-se a pau, faça buscas no google, arranje aliados que façam buscas e estejam atentos. O plágio além de ser um crime é pura e simplesmente desprezível!


sábado, 5 de junho de 2010

Chamem-me antiquada...


... mas quando eu andava na escola tinha de estudar para passar de ano. Se tivesse três negativas chumbava e lá tinha de repetir o ano. Foi por isso, aliás, que chumbei o 8.º ano...

Também, no meu tempo, quem levava toda a vida e mais seis dias a frequentar o mesmo ano lectivo, não era beneficiado por causa disso. Se entre 30 alunos, 20 passavam e dos 10 que chumbavam, 1 ou 2 já eram repetentes reincidentes, algum problema havia, mas as regras aplicavam-se a todos: 3 negativas ou absentismo equivaliam a chumbo rotundo!

Ora bem, os tempos são outros e o facilitismo impera. E agora a senhora dos livros da treta para miúdos acha que reprovar uma e outra vez no mesmo ano é factor de desmotivação e portanto o mancebo ou senhorita que atinjam a idade de estar no 10.º ano mas que ainda estão no 7.º ou 8.º poderão, se quiserem, fazer os exames do 9.º ano para transitarem para o 10.º ano e sentirem-se, assim, mais encorajados a continuar na escola...

Oh, pelo amor da santa! Então se o mancebo ou senhorita de 15 ou 16 ainda estão a fazer o 7.º ou 8.º ano porque não conseguem aprender a matéria para passar o ano, vão lá agora conseguir fazer um exame do 9.º ano?! Vão fazer exames do 9.º ano com matéria da 1ª classe? Só pode!!!

E depois, essas pessoas que não atam nem desatam e levam a vida no mesmo ano, como é que vão acabar a escolaridade obrigatória, se saltaram - sem saberem nada - dois ou três anos escolares só por causa da idade?

Somos um país de iletrados, de gente que não sabe escrever e não sabe ler. Temos locutores de rádio e televisão a dar erros de palmatória na gramática. Temos doutores e engenheiros que não sabem dizer duas seguidas sobre nada que não seja a sua área científica (e mesmo assim, sabe Deus...). O facilitismo não nos leva a lado nenhum. Vamos ter muitos Brunos Vanderleis e muitas Tânias Vanessas a ter um CV com 12.º ano completo mas que têm na cabeça o equivalente à 4ª classe. A selecção natural vai ser viciada: vamos ter a preencher as vagas de empregos para pessoas qualificadas muita gente cujo emprego natural seria o de mulher-a-dias e varredor de ruas!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Conspiração!


Há duas coisas que me acontecem constantemente e que me irritam sempre que acontecem. Por mais que o Universo conspire e me queira vencer pelo cansaço, eu não me rendo, não cedo e não deixo de fazer má cara quando me acontecem.

A primeira é 'trancarem-me' o carro quando estacionam em segunda fila. Pode haver 200 carros numa fileira de carros estacionados, pode haver só 2, pode até haver um espacinho vazio ao lado do meu, mas há sempre um grande filho da put@ que estaciona em segunda fila atrás do meu, impedindo-me de sair. E, está claro... eu vejo aquilo e fico logo furibunda e depois entro no meu carro e carrego na buzina até o cabr@o do dono cabr@o do carro o ir tirar dali. Contudo, existe outro problema... é que a buzina do meu carro é uma buzina amaricada. Parece que está a pedir desculpa por apitar. E o que eu preciso nestas alturas é assim de um apito possante que transmita logo o meu desagrado e que transmita a mensagem "Ó meu grande cabr@o, tira lá a merd@ do carro!!!". Mas com o meu apito paneleiro eles vêm com toda a calma como se eu estivesse ali armada em esquisita. Grrrrrr!

A outra coisa que me irrita é quando vou levantar dinheiro ao multibanco e está uma pessoa à minha frente a fazer pagamentos da luz e do telemóvel e a consultar os saldos dos cartões todos e depois a fazer compasso de espera a pensar se há-de ou não levantar dinheiro. Confesso que não consigo reprimir o ar de enfado, o rolar insolente dos olhos, e o suspiro impaciente. Raispartam à pandilha que parece que sabe que vou APENAS levantar dinheiro e aproveitam para ir fazer tudo ao multibanco. Grrrrrrr!

Se isto não é conspiração, eu vou ali e já volto! Apre!

Imagem retirada daqui!

______________
A gerência pede desculpa pelos palavrões....

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Take us to Bruges

Ela tem um sonho e está a tratar de concretizá-lo. Mas para que seja possível fazê-lo, é preciso dinheiro.
Atenção, não se trata de uma menina que quer votos para ir cantar num concurso.
Trata-se de uma mulher que tem um sonho, tem o cérebro para o pôr em prática e a força para o concretizar.

Vão aqui e verão!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ele há dias assim...

E hoje é um deles. É um dia de "não me apetece". Não vos sei explicar o sentimento absurdamente ridículo que é este do "não me apetece". Não é preguiça, não é embirração. É pura e simplesmente a vontade de evaporar por umas horas, virar a alma do avesso e sacudir-lhe o pó, as migalhas, as impurezas...


sábado, 22 de maio de 2010

Reflexões

Que se passa contigo, Passaroca? Que se passa contigo, que não dizes nada?

Tens visto tudo o que se passa, tens opinião, com certeza... ou não tens? O mundo passa-te ao lado? Alheias-te da realidade? Enfias a cabeça na areia, como é típico em ti?


São perguntas legítimas, não é? Temos o PEC e temos o Plano de Austeridade e tivemos o Papa, e daqui a uns tempos vamos ter o Mundial de Futebol. Temos o desemprego de um lado e os ordenados escandalosamente elevados do outro. Temos os suspeitos do costume a sacrificar os cordeiros do costume depois de terem posto o país a saque.

Sim, a Passaroca podia discorrer sobre todas estas coisas e até falar do benfica campeão e das escolhas do Carlos Queiroz para a selecção. Podia falar da visita do Papa de uma perspectiva artística, i.e., os desempenhos dos coros que abrilhantaram as missas papais em Lisboa, Fátima e Porto. Podia criticar e / ou louvar a visita papal, as consequências directas sobre o nosso quotidiano, as consequências a médio prazo a nível espiritual (para quem acredita...).

Mas... de que servia? Que novidade é que a Passaroca traria? Nenhuma, não é verdade? Só diria uma novidade se fizesse alguma afirmação que constituísse alguma revelação para as mentes mais iluminadas e esclarecidas...

Deste modo, não tenho nada a acrescentar ao que já tem sido dito por todos. Estamos no lodo. Estamos atolados até ao pescoço ou mais ainda.... resta saber se daqui a uns tempos não parámos todos de respirar e constatamos que afinal o inferno é isto...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A importância do nome...

O fenómeno dos nomes é um fenómeno com o seu quê de interessante.

Por exemplo, os nomes de alguns jogadores de futebol. São nomes típicos de jogador de futebol. Não têm outra hipótese senão saber dar uns toques na bola.

Vejamos.... um rapaz chamado Cristiano Ronaldo podia ser ministro? Ou jornalista de televisão? Estão a imaginar a cena "vai agora falar ao país Sª Exª o Sr. Primeiro Ministro Cristiano Ronaldo"...?

Por outro lado, estão a imaginar um relato de futebol deste estilo: "E Bernardo Maria passa a bola a Tomás Bettencourt que remata à baliza e..... o guarda-redes Pedrito de Portugal faz uma grande defesa com uma cabeçada"....?


Se ainda não sabiam, ficam a saber: se querem que os vossos filhos sejam jogadores de futebol dêem-lhes nomes como "Fábio", "Cristiano", "Ronaldo", "Cajó" ... de outro modo, os moços vão para doutores e isso não dá dinheiro a ninguém! (ok... também podem ir para ministros, mas são uma grande minoria...)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Volaaareeeeee....

.... wooo hooooo! Cantaaaaareeeeeeeeee... woooo hoooo hoooo hooooo.....!

E num canto qualquer de um qualquer aeroporto, há gente desesperada para chegar a casa e o sistema de música ambiente desse um qualquer aeroporto começa a tocar:

"Come fly with me, come fly, come fly awayyyy"....

E no autocarro que leva o pessoal para Paris, o filme para entreter é o "Aeroplano"...!

E podia continuar com sugestões sádicas para entreter as hostes...!

Sobe, sobe, balão sooooobeeeeeeee.....!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Panorama

Ontem estive a ver na Sic Notícias o programa Panorama da BBC dedicado ao inefável Berlusconi.

Vi o programa com alguma atenção - entre festinhas ao meu gato e colheitas no farmville - e no fim do programa o jornalista diz algo como isto: "só num país como Itália é que um indivíduo com este passado duvidoso e todas estas suspeitas que recaem sobre ele se mantém no poder".

Confesso que não consegui conter uma gargalhada triste... Meu caro jornalista da BBC, venha cá a Portugal e veja o que nós temos e depois diga-me alguma coisa.

Infelizmente, não é só em Itália que existe essa situação de completo desconchavo, descaramento e abuso. Venha cá a Portugal e garanto-lhe que lhe cai tudo ao chão. Garanto-lhe que o resto do seu programa vai ser dedicado à sua demanda para encontrar os seus ricos tomatinhos! Sim, sim... vai andar à procura deles e vai esquecer-se da sua reportagem, tal é o desgoverno que para aqui anda!






quarta-feira, 10 de março de 2010

O mau gosto: crime solitário ou em co-autoria?

No rescaldo dos óscares, vários foram os blogues (com os quais me fartei de rir, aliás) que fizeram posts especiais dedicados às vestimentas das várias actrizes que os exibiram pela passadeira vermelha. Se alguns vestidos agradaram consensualmente a todos, outros houve que, também consensualmente causaram náusea total.

Se é certo que o gosto pode ser uma questão muito subjectiva, há coisas que são por demais evidentes. Há situações em que o mau gosto é algo mais ou menos avaliado do mesmo modo por toda a gente e portanto surge-me a questão: de quem é a culpa do mau gosto? É de quem veste os vestidos, calça os sapatos, usa os acessórios? É de quem faz vestidos feios, sapatos feios e acessórios feios? É de ambos?

Se não houvesse coisas feias nas montras, as pessoas que padecem de mau gosto não as compravam. Se os estilistas e costureiros com gosto muito duvidoso não fossem contratados por ninguém, as roupas e sapatos e acessórios que fazem não estariam à disposição de quem não sabe o que é ter bom gosto.

Donde se conclui que o mau gosto é um crime sempre praticado em co-autoria:
- a confecção de peças de vestuário, calçado e acessórios de mau gosto; e
- a aquisição pelos que sofrem desse mau gosto dessas peças.

Termos em que devem todos ser condenados publicamente a um grande BUUUUUU, QUE HORROR! VÊ-TE AO ESPELHO!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

A verdadeira história da Gata Borralheira ou Cinderella (última parte)

(continuação...)

A caminho da festa a Fada Madrinha foi dando algumas instruções à Cinderella:
- Bem, cá estamos nós... vou-te dar umas quantas instruções... o príncipe está vestido de branco e dourado e tu deves aproximar-te dele, fazer uma vénia e quando ele te perguntar o teu nome deves dizer que te chamas Gata Borralheira. Desta forma o príncipe sabe que fui quem te mandou à festa, entendes? Outra coisa... não te esqueças que quando for meia-noite tens de sair da festa. Estarei à tua espera no mesmo sítio onde agora te vou deixar. Não te esqueças!

Chegada à festa, a Cinderella olhou em volta para todo o luxo e ficou de queixo caído! Reparou na madrasta e nas manas feias, que estavam ainda mais pavorosas do que o normal! Imaginou a Barbara Walters a dizer "wardrobe malfunction my ass...!". Cruzes credo!

Assim que viu o príncipe, vestido de branco e dourado como lhe havia indicado a Fada Madrinha, a Cinderella dirigiu-se a ele, fez uma vénia e quando este muito protocolarmente lhe perguntou o nome, ela respondeu "Gata Borralheira".
O príncipe olhou para ela com uma expressão cúmplice, agarrou-lhe as mãos e convidou-a para dançar. Enquanto dançavam, o príncipe perguntou-lhe se tinha sido o Antoin a ir ter com ela. Ela falou-lhe da mensagem no facebook e da proposta do mensageiro misterioso a quem ela tinha dado o nome de Fada Madrinha, porque a tinha salvo de prestar 'favores' em troca de um vestido...
A noite foi passando até que o telemóvel que a Cinderella tinha na pochette começou a vibrar. Era o toque da meia-noite e a Cinderella tinha que ir embora. O príncipe continuava a dançar como se não houvesse amanhã - e dançava muito bem! - e a Cinderella aflita a ver o tempo passar e o príncipe não a largava... Até que, em desespero de causa, a Cinderella lhe deu um empurrão e desatou a correr corredor afora, escadas abaixo e, naquela atarantação, perdeu um dos sapatos - um Manolo!
Entrou na limousine e deu com a Fada Madrinha toda histérica:
- Minha estúpida! Onde estiveste metida?! Já é quase 1h da manhã e só agora é que chegas? Despe-te! Tira os sapatos! Toma lá os teus farrapos! Dá cá isso!....
E de repente ouve-se o grito de horror:
- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, desgraçada! Onde está o outro Manolo?! Sou uma bicha perdidaaaaaaa! Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhh......
A Cinderella, já cansada de tanto drama, responde-lhe:
- Eh, pá... cala-me essa boca, caraças! Porra pra ti! O teu namoradinho não me deixava ir embora. Só queria dançar. E depois eu tive de sair a correr e perdi um sapato na escadaria. Mas ele apanhou-o e portanto não voltei atrás, pois como vocês são namorados, pensei que recuperavas o sapato através dele. Afinal que se passa?! Para quê este drama todo?!....

A Fada Madrinha olha para a Cinderella e diz-lhe, num tom dramático e derrotado:
- Eu não sou o namorado do príncipe. Sou o ex-namorado... o vestido e os sapatos são meus, ele deu-mos. Sou o travesti mais famoso e bem pago do circuito e quando aquela bruxa platinada reconhecer o sapato que deixaste caír, vai ficar com ele e vai obrigar-me a ir lá buscá-lo e a humilhar-me! Vai ser um prato cheio para aquela bicha miserável!

Foi quando a Cinderella teve uma ideia. Viu um computador portátil com uma pen de net móvel, ligou-se e foi directa ao facebook onde escreveu:
"Sua Alteza tem o meu sapato Manolo Blahnik. Se o sapato não estiver na minha casa amanhã, será divulgado em primeira mão o segredo da Casa Real. Gata Borralheira".

Passadas umas horas, o Escudeiro-Mor chegava a casa da Cinderella com o Manolo que faltava e no Palácio o príncipe roía o tapete de raiva enquanto o rei preparava o casamento com a Cinderella, a quem assegurou que faria tudo o que ela quisesse para ela não divulgar o grande segredo do Palácio, da Família Real e do Estado!

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Posfácio:
O Príncipe e a Cinderella tiveram dois meninos gémeos. O Príncipe continuou a envolver-se com os moços das cavalariças e equivalentes e a Cinderella tem um "affair" escaldante com o Choffeur.
Antoin continua a ser um travesti famosíssimo e cheio de amantes ricos que lhe pagam os vestidos.
A madrasta da Cinderella morreu misteriosamente por envenenamanento no último dia em que a Cinderella esteve lá em casa e lhe levou um chá de tília um pouco mais amarelo que o que é costume....
O pai da Cinderella é actualmente um dos principais activistas anti alcóol dos AA e patrocinador de quase todos os alcóolicos anónimos ricos lá do burgo.
Quanto às manas feias, a Leide Daiana casou com o primo toxicodependente do príncipe e teve 6 filhos, todos de vários membros do 'staff' da casa real; A Léticia saiu de casa e abriu uma sex shop na avenina principal da cidade, mesmo em frente ao Palácio Real. A sua principal cliente é a Cinderella...


Fim!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

A verdadeira história da Gata Borralheira ou Cinderella (parte II)

(continuação...)

Enquanto se perdia nestes seus pensamentos, a Cinderella ia contando e recontando os míseros 100 euros que tinha conseguido amealhar e dizendo mal da sua vida. Apesar de ser boa pessoa, não se conformava com a sua sorte e estava sempre a tentar congeminar uma forma de se vingar da madrasta e das manas feias e até do próprio inútil do pai. Mas como?!... Vivia prisioneira naquela casa, o pouco que conseguia amealhar vinha de pequenos furtos que ia fazendo pela casa. Valia-lhe, para se entreter, um pequeno televisor para ver as novelas e um computadorzito onde jogava farmville. De resto... não tinha mais nada.

Como sabia que as manas feias e a madrasta nem sabiam como ligar um computador, decidiu fazer um apelo via facebook, que rezava assim: "precisa de vestido, sapatos, manicure, pedicure, cabeleireiro e maquilhagem para festa de arromba no palácio real cá do burgo. alguém ajuda? em troca faço favores...."
Em menos de 30 segundos tinha imensos comentários de vários amigos dispostos comprar-lhe o vestido, os sapatos, SPA, cabeleireiro e maquilhagem! A Cinderella ficou toda contente com tamanha afluência e tratava-se agora de combinar com o pessoal uma forma de receber os presentes e, claro... fazer os favores... (pois, porque não há almoços grátis neste conto!).

De repente notou que tinha uma mensagem no facebook e foi ler. A mensagem dizia o seguinte:
"o príncipe é gay e eu sou o namorado dele. dou-te tudo o que quiseres para seres tu a ficar com ele, se prometeres que depois de lhe teres dado herdeiros nunca mais lhe tocas e até te arranjo um amante super giro e super discreto. topas?"
A Cinderella ficou com os olhos arregalados! O príncipe era gay?! Quem diria... então era por isso que havia festa!...
Respondeu de imediato ao misterioso mensageiro do facebook:
"topo... mas com uma condição: quero um vestido da Armani Privé e uns sapatos Manolo Blahnik para a festa. topas?"
A resposta não se fez esperar:
"Topo. Amanhã vou aí a tua casa levar-te tudo o que precisas. Mas há mais uma condição. À meia-noite tens de sair da festa, porque o vestido e os sapatos são alugados e têm de ser entregues à 1h da manhã. Qualquer atraso na entrega sai do teu bolso, amiga..."

Tendo tudo combinado para o dia seguinte, a Cinderella fez a sua vidinha do costume. Limpou a cozinha, preparou a mesa do pequeno-almoço e foi dormir.

No dia seguinte, depois de todos terem saído para a festa o misterioso mensageiro chegou numa enorme limousine branca, trazendo consigo um exército de esteticistas, cabeleireiros e maquilhadores e ainda o vestido e os sapatos. Em menos de três horas a Cinderella tinha tratado das unhas e dos pés, feito depilação total, tratado do cabelo e da maquilhagem e estava agora num maravilhoso vestido e nos pés um fantástico par de sapatos! Ia agora meter-se na limousine do misterioso mensageiro a quem chamou de Fada Madrinha e partiu para a festa...

(continua amanhã....)

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A verdadeira história da Gata Borralheira ou Cinderella (parte I)

Era uma vez um reino muito distante onde reinava um rei muito bondoso com a sua raínha, também muito bondosa. Uma vez que o rei já se sentia cansado de reinar, tinha chegado a altura do príncipe herdeiro tomar as rédeas para que os papás pudessem ir gozar a reforma para um lugar solarengo e sem preocupações.
Contudo, estes reis tinham um problema com o seu herdeiro... É que o rapaz jogava pela equipa contrária e, portanto, não havia maneira de casar com uma moçoila que assegurasse a perpetuação do sangue real e a sucessão do trono.
Apesar de naquele país os homossexuais já poderem casar, a verdade é que a sucessão do trono não se compadecia com essas questões. Além do que, sendo a Família Real, era o modelo de família do reino e, portanto, o rapagão tinha mesmo de ficar no armário e ter os affaires com os moços das cavalariças e equiparados sem fazer alarde...
Certo dia, o bom rei chegou-se ao pé do filho e disse-lhe:
- Meu filho... isto é assim... tu tens de casar e não há volta a dar. Não tenho mais filhos e eu seja cão se o trono vai parar ao drogado do teu primo ou à putéfia da tua prima! Era só o que faltava eu ficar sem linha de sucessão porque tu gostas mais de meninos do que de meninas! Era o bom e o bonito aí nas festas da realeza! Nem pensar! Tens de casar!
O rapaz, coitado, até ficou com os seus cabelos platinados todos pé! E ainda tentou argumentar:
- Ó papá, mas nem pense! Korrooooreeeee!... Deus me livre de uma coisa dessas, papá! Não me faça uma coisa dessas, pelamordedeussssss!
Mas o rei não desarmou:
- Deixa de ser "drama queen", meu filho! Sê homem e faz como os outros... casas, fazes uns filhos à tua mulher e depois podes andar outra vez com os mancebos das cavalariças e da piscina e ela mete-se com o choffeur ou com outro serviçal e a coisa compõe-se. Mas tens de casar. E tenho dito!

Posto isto, decidiu o rei organizar um baile para o qual seriam convidadas as meninas das melhores famílias do reino.

Uma dessas melhores famílias era a do Visconde Godofredo Valpaços de Albuquerque e Saldanha da Penha de França que era casado em segundas núpcias com uma fedúncia chamada Maria da Má Fortuna e que tinha duas filhas horrorosas chamadas Leidi Daiana e Léticia (sim... LÉticia...). O bom Godofredo tinha uma filha lindíssima chamada Cinderella Maria.
A pobre Cinderella era tratada abaixo de cão pela madrasta e pelas filhas, que a faziam trabalhar nas lides domésticas, apesar de terem criadagem e a quem davam a vestir as maiores porcarias compradas nas lojas de chinês.
Apesar de tudo isto, o Godofredo, que era um bêbedo e um falhado, não fazia nada. Deixava andar... a Maria da Má Fortuna tinha-lhe dado a volta e tinha-o sempre atestado do melhor wiskhey Dimple de 15 anos, para que o velho estivesse sempre completamente aos bordos!

O convite para a festa chegou e foi a maior agitação lá em casa! As moças ficaram todas doidas com a perspectiva de se tornarem princesas e começou a maratona pelas melhores lojas, as melhores cabeleireiras, os melhores maquilhadores...

Enquanto isso, na cozinha, a pobre Cinderella sonhava também em ir ao baile... mas com apenas 100 euros amealhados, era difícil competir com o luxo das manas feias. Que diabos havia de fazer para poder ir também à festa?

(continua amanhã...)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Questionário de Proust - respondam... eu respondi!

Há um programa de televisão que se chama "Inside the Actor's Studio" apresentado por James Lipton. No fim do programa ele faz sempre este questionário, chamado "questionário de Proust". Eu vou responder. Espero que vocês também respondam =)

Perguntas
  1. Qual a tua palavra favorita?
  2. Qual a palavra que menos gostas?
  3. O que te excita?
  4. O que te esmorece?
  5. De que barulho ou som gostas mais?
  6. Que barulho ou som mais detestas?
  7. Qual o teu palavrão favorito?
  8. Que outra profissão, além da tua, gostarias de ter?
  9. Que profissão não gostarias de ter?
  10. Se o Céu existe, o que gostarias que Deus te dissesse quando chegares aos Portões Dourados?
Respostas

1- Sábado
2 - Segunda-feira
3 - O amor
4 - A falta de amor
5 - Chuva a bater na janela quando durmo
6 - Obras e música alta
7 - Porra
8 - Escritora
9 - Educadora de infância
10 - "Sem ressentimentos"

sábado, 30 de janeiro de 2010

A multiplicação dos feios e os ditados populares


Nos últimos dias tenho constatado que a percentagem de pessoas bonitas nas ruas é mínima. Não estou a falar de gente que podia ser capa de revista, mas de pessoas que sejam, pelo menos, agradáveis à vista.

Andando pelas ruas, vejo gente feia. Mas MESMO feia e pergunto-me se realmente estarei mal da vista ou se há algum fenómeno que eu desconheço.

Decido observar com mais atenção e tento tirar algumas conclusões com base naquilo que os meus olhos - ainda que vítimas do astigmatismo - vêem todos os dias. E o que vejo são pessoas realmente feias. E, pior ainda, casais de pessoas feias. E que posso eu concluir daqui?

Existe um provérbio que diz "quem o feio ama, bonito lhe parece". Sendo certo que muitas destas pessoas se conhecem em bares onde nem se vende água ou refrigerantes (a não ser como complemento de alguma bebida alcoólica), quando se apaixonam estão sob o efeito de substâncias que alteram a percepção do mundo. E uma vez apaixonados, ficam a padecer da ilusão de óptica de que o seu mais que tudo é uma miss ou um mister universo.

Portanto, o facto de os feios se juntarem e se reproduzirem - multiplicando assim os feios deste mundo - deve-se a uma deficiência psicossomática provocada por paixão assolapada que teve origem num qualquer bar rasca a cheirar a aguardente barata.


terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Hoje estou chateada!!!

Hoje estou chateada!
O dia estava a correr bem e numa pausa fui a um dos meus blogues favoritos e dou com uma despedida da dona do blogue!

É que é nem mais nem menos do que a madrinha deste blogue!

Estou chateada, pois claro que estou chateada! Eu engulo a custo estes desgostos!

Me, querida,
Espero que voltes a abrir um tasco, pois realmente a tua escrita não pode perder-se em documentos privados do teu PC ou em caderninhos de capa dura. Não, não, não!
Volta, está bem?

Um beijinho grande e vai dando notícias!

Hoje, estou chateada... e pronto!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Writers block

Uma das coisas que mais detesto é olhar para este ecrã em branco, sem saber o que escrever. Este ano novo tem pouco mais de 10 dias, mas por vezes parece-me que tem mais. Os dias passam a correr, põe-se escuro em menos de um fósforo e quando dou por isso já o corpo me pede casa, jantar, um pouco de TV e cama.

Atirar com a mala e a pasta para o sofá da tralha, pendurar o casaco e o cachecol nas costas do dito sofá, dar um beijo ao pai, dar um beijo à mãe, fazer uma festa à cadela velhota e surda (mas nem por isso menos teimosa e dona da sua vontade), fazer mimos aos gatos (que quando chego nem se mexem do lugar...), tirar a roupa de trabalho e vestir o traje de noite (vulgo, pijama).

O telefone toca. Um amigo que quer desabafar sobre a última desventura amorosa, ou um amigo que quer apenas trocar dois dedos de conversa. (Sim, eu socializo, Sr. Dr. Socializo.). Aparece um amigo no messenger. Conversa da treta até serem horas de dormir. (Sim, eu falo no messenger... as distâncias encurtam muito com aquela janela, Sr. Dr., acredite!). Meia-noite... é hora de fechar para descanso do pessoal. A revista do expresso, a visão, a holla estão na mesa de cabeceira... uma vista de olhos e as pálpebras começam a querer mesmo fechar para descanso. Dar as boas noites aos gatos que estão refastelados na almofada da Royal Canin, apagar a luz, amalhar na cama, e adormecer...

... amanhã é outro dia de papéis, telefonemas, café, tabaco, conversa com a colega / amiga, até o dia fechar e o corpo começar a pedir outra vez o merecido descanso.

(Sim, sim... Sr. Dr., a rotina está instalada. Pois, não foi preciso mais do que instalar a rotina. Que bom, Sr. Dr.)

E no fim de semana pode ser que vá ao cinema ver uma comédia, porque me apetece rir de alguma coisa que não seja de mim mesma. Só para variar, sim?


segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

"Enquete" de Ano Novo

Ora vivam!

Com o começo do novo ano, aqui a Passaroca lembrou-se de fazer uma "enquete".

Quais são os vossos planos imediatos para o ano de 2010 que ora começa e que se prolonga - como sempre - até ao dia 31 de Dezembro?

Respondam ali ao lado! Tentei contemplar todas as hipóteses possíveis e imaginárias, para não falhar ninguém, mas se houver outras respostas, façam o favor de não se acanharem e colocarem na caixa de comentários. A minha imaginação não é assim tão fértil!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Feliz Ano Novo!

FELIZ
ANO
NOVO!

FELIZ 2010!

Agora que já comemos e brindámos ao novo ano que chegou, eu desejo-vos um Excelente 2010. Escrevam, leiam, comam, bebam, fumem, deixem de fumar, engordem, emagreçam, trabalhem, preguicem, viagem, fiquem em casa, gastem, poupem, amem, odeiem, perdoem, guardem ressentimentos, façam amor, sejam castos, usem preservativo, sejam descuidados, engravidem, façam filhos, abortem, adoptem, arranjem um cão, arranjem um gato, matem ratos, matem baratas, lambam feridas, firam-se... vivam!


Mas sobretudo, sejam felizes!