domingo, 27 de dezembro de 2009

Ainda não é 2010...

Passou-se mais um Natal. Mais uma noite de muita comida - demasiada, como sempre - e de muita conversa e depois a troca de prendas e a partilha de momentos únicos com a família.

Passada esta parte em que andou tudo maluco a fazer compras - quer de presentes, quer de vitualhas para a mesa de Natal - chega a outra parte: "onde vais fazer a passagem de ano?" e o sacramental "balanço do ano de 2009".

Ora bem... como estou no Algarve, vou mudar de ares e vou subir para Norte (é difícil, a partir daqui, não ser tudo Norte!) para receber o ano novo de 2010.

Quanto ao balanço do ano de 2009... Mesmo não tendo sido o ano mais fácil em termos profissionais e, portanto, monetários, não posso fazer uma avaliação negativa. Seria muito ingrato da minha parte fazer tal desfeita a este ano de 2009.

Sendo um pouco (ok... muito!) lamechas, posso dizer que acumulei alguma riqueza, daquela que não há dinheiro que compre: fiz amigos. Sim, este ano foi um ano de novas e estreitas amizades. Porque passar por este mundo sem fazer a diferença, sem ter alguma relevância para algumas pessoas - por poucas que sejam - faz com que não valha a pena passar por aqui.

Claro que também tenho de dar graças por muitas mais coisas, mas este não é propriamente um blogue 100% autobiográfico!

Obrigada, 2009, por me mostrares muitas coisas que eu ainda não tinha visto!

Ao ano 2010 farei as devidas vénias depois de ele chegar. Tal como só aí vos desejarei um feliz ano novo. Ainda faltam uns dias...

Entretanto, sempre vos desejo que a entrada no ano novo não seja o frete que têm de fazer ou a farra que não vos apetece. Entrem no ano felizes! Façam, desde o primeiro segundo, aquilo que querem fazer!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Composição: O Natal

Composição
O Natal


Eu cá gosto muito do Natal.
Eu cá acho o Natal muito bonito.
Eu cá adoro receber prendas de Natal.
Eu cá sei que não é o Pai Natal ou o Menino Jesus que me traz os presentes porque vejo os embrulhos no guarda-fatos da minha mãe.
Eu cá acho que se o Natal fosse todo o ano era uma porcaria porque os meus pais não têm dinheiro para estar sempre a comprar presentes e a minha mãe tem mais que fazer do que passar a vida a fazer bolo inglês, bombons de batata doce e fritos de Natal.
Eu cá nunca vi o Espírito Natalício, mas há pessoas que dizem que ele existe.
Eu cá gosto da comida do Natal, sobretudo dos doces.
Eu cá fico sempre doente no Natal, mas deve ser porque faz frio e não porque me porto mal.
Eu cá, quando for grande, vou continuar a gostar muito do Natal.
Eu cá, vou terminar esta composição porque já tenho dez linhas sobre o Natal.




Meus queridos e minhas queridas,
Desejo a todos um NATAL MUITO FELIZ junto de todos os vossos e que o Espírito de Natal vos apareça sob a forma de muitos sorrisos e boa disposição numa noite que se prevê fria meteorologicamente falando, mas que faço votos de que seja bem quentinha e aconchegadinhoa para todos e para todas!

Bicadas da Passaroca!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Ter ou não ter piada, eis a questão!




Quem não gosta de fazer alguém rir quando conta uma anedota, quando diz algo engraçado de propósito, quando cria uma piada, quando está num palco a fazer 'stand-up comedy'?
Temos de admitir que fazer rir é uma proeza única que uns mais que outros conseguem.

A questão que me coloco por vezes, quando vejo e/ou ouço certos "fenómenos" é o que é que - ou quem é que - determina que determinado fulano ou determinada fulana tem piada e é suficientemente talentoso para se lhe dar um programa de televisão ou de rádio?

Na minha adolescência eu ria com o Herman José. Vi os programas todos dele e achava - e acho - que aquele sentido de humor, aquela forma de humor, era inteligente, fazia rir porque não a piadinha vulgar do teatro de revista ou do 'sketch' para desenrascar num qualquer concurso ou Natal dos Hospitais.
Depois, o Herman perdeu a criatividade, perdeu-se um pouco... mas admiro-o pela humildade de o admitir.
O fenómeno Gato Fedorento seguiu-se e eu, confesso, gostei desse vento de mudança. Gosto deles quando têm liberdade de acção, sem estarem condicionados por um tema. As entrevistas em época de eleições foram, talvez, o ponto alto. Aquela gente faz-me rir.

Mas passemos à rádio e ao que me traz ao tema do riso.

Quando andava na faculdade e tinha de atravessar o IC19, ouvia "O Homem que Mordeu o Cão" do Nuno Markl, na Rádio Comercial. Adorava aquilo! Eu e uma série de gente que estando na fila de trânsito à saída de Rio de Mouro se desatava a rir no carro ao mesmo tempo.
Mais tarde, o Markl passou para a Antena 3 com uma série de rubricas, e de repente... onde está ele?

Sou apanhada de surpresa. Quem está a ocupar o espaço dele é um tal Bruno Aleixo. Na Sic Radical eu mudo de canal quando ele aparece. Na Antena 3 aguentei 20 segundos... se tanto! Quem disse a este caramelo que ele tem piada? Ou melhor... quem é que do alto da sua sapiência achou que este fulano tinha tanta piada que era preciso partilhar o "fenómeno" com o resto do país? Quem - ou o quê - determinou que valia a pena investir dinheiro e tempo com aquele tipo de humor (ou falta de....)?

Entretanto descobri que o Nuno Markl está outra vez na rádio Comercial. É para lá que vou de manhã, porque o fulano ainda me faz rir. E o outro não faz, nunca fez e eu penso que não nunca vai fazer.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Carta materialista ao Pai Natal

Querido Pai Natal,

Eu sei que tu és mais virado para as criancinhas (o que nos dias que correm, não sei se não vai dar em escutas aos teus telefones e nas renas a dar entrevistas no programa da Júlia Pinheiro....) mas mesmo assim, eu faço aqui o meu pedido para este Natal.

De salientar que esta carta é inteiramente materialista, consumista, e todas essas coisas típicas do Natal do Séc. XXI (e dos outros séculos todos...).

Tudo o que quero, Pai Natal, é que faças com que me paguem tudo quanto me devem, pois os calotes são mais que muitos e uns meses porque é Verão, noutros porque é crise e agora porque é Natal, eu estou a ver que fico a tinir enquanto os filhos de uma meretriz que me devem dinheiro ainda se riem enquanto vão comprar o novo livro do Saramago para enfeitar a estante lá de casa...

Se conseguires esse feito, eu poderei ir fazer as minhas comprinhas de Natal e ainda comprar uma lembrança fixe para mim!

Sê bonzinho, sê competente, leva os teus ajudantes (que eu sei por portas travessas que não são elfos, mas sim antigos agentes da KGB de origem ucraniana e moldava...) e faz-me lá este favor.

Desde já grata pela tua disponibilidade, vai daqui um beijinho e prometo que te pago umas imperiais e uns tremoços que deves estar farto de leite com bolachas...


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Aprender a conduzir


Lembram-se quando tiraram a carta de condução? Mais exactamente... lembram-se das aulas de condução?

[Antes de desenvolver mais este texto, quero dizer que estou a referir-me àquelas pessoas que não sabiam praticamente o que era o lugar do condutor de um automóvel... ]

Ora bem... quando eu tinha aulas de condução, aquilo era irreal. Andava a 40 km/h, ia para locais isolados e quase não tinha contacto com o trânsito, tinha de virar à esquerda exactamente a um ângulo de 90 graus (ou lá o que era, que sou má em ângulos...) e no eixo da via, tinha de ligar o pisca aí a uns 200 metros do obstáculo a ultrapassar, abrandar nos sinais de triângulo invertido e parar no stop, mesmo que a visibilidade antes dos sinais fosse nula.

Não aprendi para que serviam as mudanças, não aprendi quais os pontos de referência para fazer inversão de marcha num sítio estreito, não aprendi a estacionar entre dois carros e não meti mais do que a terceira.
Ou seja... quando acabei de tirar a carta estava quase tão ignorante como quando fui tirá-la.

Contudo, e depois de umas aulas extra dadas pelo meu paizinho, que me levou para estradas com curvas, me obrigou a meter as mudanças todas - e explicou-me como e por que razão é que metemos mudanças - lá parti para Lisboa, com 3 semanas de carta e não muito segura de que estava à altura dos desafios que tinha pela frente: IC19, Cabos Àvila, Av. das Descobertas, Belém, Junqueira e depois, está claro.. todo o resto da cidade - a incomparável e já extinta rotunda de Alcântara (que pesadelo!), a Av. de Ceuta, e por aí a fora. Aprendi a conduzir no meio da confusão e ainda hoje, apesar de viver no Algarve, sou uma condutora lisboeta de coração. A minha buzina não tem descanso e o vernáculo faria corar uma peixeira do Bulhão!

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Quando por acaso tenho o azar de ir atrás de um carro de uma escola de condução, penso cá para os meus botões que todo aquele rigor e lentidão serão sol de pouca dura. Aquele aprendiz vai, muito rapidamente, adoptar os maus hábitos de todos nós, ou não sobrevivirá nesta selva de alcatrão e chapa.


domingo, 6 de dezembro de 2009

Enfeites de Natal a preparar o Mundial

Com a chegada do mês de Dezembro, começa o frenesi do Natal e, com o frenesi do Natal, começamos a ver as incontornáveis decorações de natal nas ruas, nas lojas, e nas varandas dos prédios de apartamentos.

Se nas ruas vemos as luzes e nas lojas fitas e presépios, já nas varandas dos prédios de apartamentos vemos aquele horror do pai natal a trepar ou a enforcar-se (ainda não percebi muito bem...).



Este ano, uma associação de católicos usou da sua influência e pôs os seus membros e amigos a colocar às janelas e varandas o estandarte de natal com a figura do menino Jesus.



Se bem que me agrada mais ver um estandarte do menino Jesus do que um pai natal a enforcar-se numa varanda, a verdade é que não entendo esta mania de enfeitar as varandas. Ainda assim, cá para mim, o menino Jesus devia ficar pendurado o ano todo, porque com a previsível má figura de Portugal no Mundial de Futebol, vamos precisar de toda a ajuda divina que pudermos arranjar...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Meu ouvido não é penico, não!

As coisas que uma pessoa ouve:

1 - Na Worten em Albufeira:
"Não quer que façamos o arredondamento para o remanescente ir para uma organização? A Worten está a fazer uma campanha.... é uma organização humanística..."

2 - No concurso da televisão:
"Eu trabalho com palhaços, acróbatas..." (isto com um sotaque de falsa tia...)


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Eufemismos ou entrelinhas

Depois de anos e anos a ler a Holla! (sim, eu leio a Holla!, e então?), há eufemismos que se vão apanhando.
Ou seja, vamos sabendo o que se passa não pelo que se diz preto no branco, mas pelo que fica nas entrelinhas.

E então temos a afirmação de que fulano e fulana "niegan que haya crisis en su matrimonio". O que isto quer dizer é que daí a uns meses fulano e fulana "anuncian su separación". É só uma questão de tempo...

Quando um casalinho diz que "entre nosotros hay una gran amistad", na verdade o que aconteceu é que andaram a dar umas durante uns tempos e não têm qualquer compromisso e nem era para serem descobertos, mas foram suficientemente estúpidos para irem jantar a um restaurante da moda pejado de papparazzi.

Se há um casal que diz "no hay planes de boda", na maior parte das vezes a rapariga até queria que houvesse, mas o rapaz é que não vai nisso.

A afirmação "Él es el amor de mi vida" é daquelas coisas que dura pouco... daí a uns tempos é "ese señor se hay portado muy mal conmigo!".

Mas a que gosto mais é a das mulheres mais velhas que casam com homens mais novos e justificam-se (sem terem o de o fazer) com "tengo mucha energía. un hombre mayor no me sige el ritmo" - ou seja, "eu preciso de muito sexo e um gajo mais velho não acompanha a minha líbido".


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

E depois da festa


Passada a festa, fica a desolação de um salão vazio. Olho em volta e sorrio porque o salão esteve cheio.
E agora é arranjar inspiração para mais 365 dias de escrita.

Quando comecei a brincar com blogues, as coisas passavam-se de maneira tão diferente. Para se ter um blogue com links e outros bonecos era preciso saber htlm. Agora o blogger faz tudo e mais alguma coisa. Ainda me lembro quando quis pôr aqui o contador do histats... estava convencidíssima que tinha de ir ao código html do template do blogue para inserir o código html do contador. Afinal, era tão simples...! E é por isso que todos os blogues estão mais ou menos artilhados com contadores, relógios, imagens, música e sabe-se lá que mais.

Confesso que ainda gosto de um blogue simples, sem grande arsenal. E isto prende-se com uma questão muito prática: quanto mais artilhado o blogue, mas lento é abrir para se ver o que realmente interessa e que é a postagem do dia.

Também, quando comecei a blogar, a quantidade de comentários era importantíssima! Cheguei a ter gente a dizer-me "nunca vais comentar ao meu blogue". Actualmente temos os leitores que passam, lêem e seguem o seu caminho. Sabemos que agradamos, porque seguem o nosso blogue e porque temos um contador que nos diz que estiveram no blogue X pessoas.

Continua a ser importante a "linkagem" de blogues ali na barra lateral, mas há 5 anos era vital!

É interesante constatar que até nestas pequenas coisas, as tendências mudam. Um blogue ainda se mede pelos comentários, pelos visitantes e pelos blogues que o "linkam", mas hoje o que define mesmo a popularidade de quem quer estar na crista da onda da Internet é quantidade de seguidores no Twitter ou de amigos no Facebook.

Com tudo isto, hão-de perguntar-se se tenho um blogue para ser popular. A resposta é não. Mas, como qualquer "bloguista", gosto que me venham visitar, que me leiam e que me digam "gosto do teu blogue".

Este post não teve grande piada, não é? Às vezes estou um bocadinho mais séria, assim de bico caído e penas penduradas...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Prendinhas pra mim!

A passaroca recebeu prendas!

Da minha madrinha linda recebi esta fotografia linda, com um sorriso todo pepsodent. Estou o máximo, não acham?


E da minha querida Cat in the bag este selo lindérrimo que me enche de orgulho!



Obrigada minhas lindas!

Killer Queen



This is me! :)))