Cheguei a um ponto da minha vida em que dou por mim a dizer "no meu tempo" e em que ninguém fica a olhar para mim com olhar de gozo como quem diz "olha-me esta, armada em 'sabedora'".
Não... ficam a olhar para mim com um ar interessado (ou seja, com ar de "ah... deixa cá ver o que esta tem para me dizer, do alto da sua sapiência dos trinta e tais") e escutam o que tenho para dizer.
Não há nada mais desconcertante do que termos pessoas a olhar para nós como se fôssemos velhas anciãs trintonas.
Mas, nesta senda do "no meu tempo", eu realmente deparo-me com coisas que hoje me são completamente estranhas.
A primeira são as questões relativas à educação.
No meu tempo havia os seguintes níveis de escolaridade
- Infantil
- Pré-primária
- Primária
- Ciclo preparatório
- Ensino secundário
- Ensino complementar
- Universidade (ou não....)
Agora não entendo bem como é que isto funciona, porque me falam em ensino básico e em ensino não sei das quantas, e sinceramente eu fico confusa. Não sei nunca se as crianças estão ainda a fazer trabalhos em papel machê ou se já estão a aprender a calcular a raiz quadrada à mão.
No meu tempo era preciso estudar para passar o ano, a malta chumbava com 3 negativas e também chumbava por faltas. Havia os senhores contínuos e as senhoras contínuas.
Hoje, parece que os miúdos podem ou não estudar, podem ou não ir às aulas, porque aparentemente não chumbam. E os senhores contínuos e as senhoras contínuas são mui pomposamente designados "auxiliares de acção educativa".
No meu tempo....
... ter-se nascido na década de 70 era sinal de juventude!!!
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* Esta temática tem ainda o seu lugar neste espaço... Vai haver algumas sequelas ao estilo de alguns filmes irritantes. Tenham lá paciência!
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