terça-feira, 4 de dezembro de 2012

No meu tempo...

Quando era miúda, ouvia muitas vezes os adultos dizerem "no meu tempo era assim...no meu tempo era assado". Achava piada e ao mesmo tempo intrigante aquela observação de que "no seu tempo" as coisas eram diferentes. Na minha cabeça, o tempo dos meus pais tinha sido havia muitos anos e o tempo dos meus avós perdia-se lá para trás, numa época que para mim não era possível conceber ou medir em números.
Afinal, qual é o nosso tempo? O da infância? O da adolescência? O da universidade? O da nossa idade adulta até atingirmos a idade da reforma? Ou teremos nós vários tempos, todos compartimentados em fases?
O que me leva a fazer estas reflexões é o facto de ser eu, agora, a dizer em vários contextos "no meu tempo..." Digo-o a miúdos de 17-18 anos, quando se fala de escola ou de saídas à noite; digo-o a pessoal universitário, quando se fala de exames, de métodos de estudo; digo-o para mim mesma quando confrontada com crianças e as suas avarias; e até o digo quando falo do início da minha idade adulta. Os tempos mudaram em tudo e não há como contornar esse facto.
Mas dar por mim a dizer sentenciosamente "no meu tempo" faz-me confusão. O meu tempo também não é este? O tempo da Internet, dos smarphones, iPhones, tablets e iPads? O tempo da televisão 24 horas por dia, 7 dias por semana? O tempo de ser solteira sem ser apelidada de solteirona? O tempo de de me lembrar de outros tempos?
É porque daqui a uns anos, quando for velhinha (espero lá chegar com alguma integridade física e mental) eu direi, inevitavelmente, aos adultos da minha idade "no meu tempo..." Só resta saber até que ponto é que as coisas terão mudado, e com que tom é que o direi. Espero dizê-lo em tom de "no meu tempo as coisas eram mais difíceis... mas ainda bem que vocês estão muito melhor!"


Entretanto, vou fazer do tempo presente o meu tempo. O tal tempo de que irei falar quando envelhecer mais uns 30 anitos... Assim Deus me dê força e saúde!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Escrever sobre o quê?

Eis a página em branco! O pesadelo dos escritores, cronistas e por aí adiante. Uma folha em branco é um terror quando não se tem nada para dizer ou quando o que temos para dizer é demasiado complicado - ou demasiado simples - para caber em duas mal traçadas linhas.

Como disse em Agosto - o último post deste espaço - eu escrevo muito no meu perfil do facebook. Aquilo que não escrevo lá, escrevo no meu livrinho de notas. Que poderei eu escrever aqui que não tenha falado no facebook? 

Talvez possa precisamente falar do facebook!

Ora bem, eu iniciei as minhas lides no facebook um pouco na dúvida. Tinha o hi5! (valha-me Deus!). Mas depois de entrar no esquema, passei a gostar de ir ao facebook. Na primeira fase, era a maluquice dos "quizzes" mais incríveis que se podiam imaginar. Havia "quizzes" para tudo. Comecei por adicionar como amigos pessoas que tinha no meu hi5. A transição fez-se quase sem sobressaltos. Houve algumas pessoas que se perderam pelo caminho e que não consegui encontrar mais. Hélas!

Mais tarde iniciou-se a minha fase parva no facebook, com o farmville. Sim, eu confesso: eu joguei farmville!  Era um vício, devo admitir. Quando procuro uma justificação para esse vício, atribuo-o totalmente à falta de realização profissional com que me debatia na altura. Na verdade, estava numa profissão que odiava e parecia que não conseguia sair dela. 

Depois (muito depois) o vício passou. O facebook começou a ser para mim um escape, mas de outra maneira. Em primeiro lugar, serviu para reencontrar amizades antigas. Sabe-me muito bem estar em contacto diário - ainda que virtual - com pessoas que não via há anos e de quem sempre gostei. Depois, o facebook começou a ser o meu "placard" de imagens de praias paradisíacas, cidades bonitas, animais, 'posters' com citações ou dizeres, quer sérios quer totalmente fora do sério... É ali que faço a decoração da minha vida, por assim dizer. É também no facebook que me ponho a par das notícias. Leio as "gordas" e sigo em frente. A crise instalou-se na minha casa - como na casa de quase toda a gente - pelo que não preciso nem quero que ela seja a única presença na minha vida. 

Que mais faço eu pelo facebook? Ah, utilizo a aplicação "Netoworker bloggers" para publicar as entradas neste blogue.

[se podia ter escolhido um tema mais interessante? podia... mas não era a mesma coisa!]

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

De Volta!

Olá, minha gente!

Voltei!
Confesso que este novo formato do blogger me deixa um pouco confusa, mas hei-de me habituar a isto.

De que é que posso falar, agora que despejo quase tudo no meu perfil do facebook? Nem sei...

Do ano passado para este ano, algumas coisas mudaram na minha vida. Se pudesse fazer uma comparação, diria que até ao ano passado a minha vida era como uma árvore com uma série de pernadas podres e que precisava de ser podada para poderem nascer novas folhas e novos frutos.

Ainda há uma pernada para cortar, mas a maior parte delas está já por terra, a apodrecer por aí, a transformar-se em matéria orgânica. Nada se perde, tudo se transforma, não é?

Nos próximos tempos vou andar por aqui a escrevinhar, até conseguir acertar o passo e debitar alguma coisa de jeito.

É bom estar de volta!