segunda-feira, 2 de março de 2009

Carta à Me

Querida Me,

Sei que deixei dois comentários muito telegráficos e em tom de quase amuo no teu blog.
Juro que tentei estar à altura das tuas expectativas, mas já te tinha dito que não sou assim tão talentosa como à partida possa parecer. Isto do parecer e do ser por vezes confundem-se.

Eu não sei escrever contos bonitos, coisinhas bem estruturadas, narrativas inspiradas nas de Mia Couto, por exemplo. Eu jamais poderia fazer chorar quem quer que fosse, a não ser numa discussão acesa, nada fictícia, em que as minhas palavras são arremessadas tipo pedras de uma funda. Fora disso... no mundo da ficção, eu não posso tentar fazer chorar sem partir para algo que seja completamente fora do normal.

A velhice é deprimente. A morte é deprimente. A doença é deprimente. Mas fazer chorar de rir eu não sei. Para chorar, só mesmo coisas tristes. Bem tristes. A tresandar de tristes.

Desculpa, Me...


5 comentários:

Me disse...

Minha querida e tonta Passaroca,
Vamos lá a um momento de puro desabafo então.
Eu, sinceramente, não esperava nada de ninguém quando lancei aquele totó de concurso como forma de, pelo menos, te tentar animar um cadito.
Eu sei que tu tens andado um cadito virada do avesso… um cadito mal disposta com a vida. Os teus comentários, directos, incisivos, telegráficos (como disseste) mostram que não andas lá muito bem. O teu texto, o que me enviaste, foi igualmente prova disso. Não me desiludiste. Nunca o farias. Mas se eu tivesse publicado o teu texto, ficaria registado este teu estado, ficaria prova desta tua fase menos boa. Passaria a existir, preto no branco, uma evidência clara de como neste momento não andas contente, não andas feliz.
Não sabes escrever? E quem sabe? Isso é algo “certificável”? É alguma habilitação? Não foste tu quem foi convidada para o T12? E achas que isso foi porquê? Pelos teus lindos olhos?

Passaroca, tenho-te vindo a dizer para arrebitares. Se tivesse publicado aquilo, puxava-te mais para baixo. Entendes?
Não aceito as tuas desculpas porque não há nada para desculpar. Nem aceito sequer que mas peças!
Linda, arrebita. Caga no resto. Escreves bem ou mal, consegues fazer chorar ou não, consegues fazer rir ou não… who cares?
O Concurso da Choradeira foi para te animar… não consegui. Eu é que te peço desculpa.

Querida Passaroca… Gosto de ti, miúda.
:)

Anónimo disse...

Ópá, ópá, ópá!....

Eu ando a dormir mal e hoje tive o pináculo! Não dormi nada...

Acordar, ligar o tlm, aceder à net e ver este comentário no email fez-me sorrir e ao mesmo tempo pensar "ela ganhou o concurso, bolas!".

Tu fizeste-me rir com o concurso e deu-me imenso gozo fazer aquele texto todo tétrico! Acredita!

Pedi-te desculpa porque eu sou assim. Peço desculpas por quase tudo.

Querida Me... Também gosto de ti, miúda! :)

(e é melhor pararmos por aqui antes que isto vá parar ao blog de algum Vítor q tenha uma rúbrica "comentários tra la la" eheheeh)

Me disse...

isso quase que parece um desafio, Passaroca... quase...
:)

E não peças desculpa por tudo... de certeza que a ti nem sempre te pedem quando deviam, por isso... para manter o universo em equilíbrio...

ALL GOOD!!!

E vai dormir uma sesta... faz gazeta mulher!
:)

PKB disse...

Ai, querida... eu bem queria! Mas tenho de chegar à noite mais tãtã do que estou agora para poder regular estes sonos.

E tens razão... há gente por aí que me deve uns pedidos de desculpa. Eu não sou de vinganças, mas dá-me vontade de dizer "cá calharão!!!! wwaaaaahahhhhahahahh"

Beijinho doce (como tu!)!

Me disse...

Olha que há vontades que não devem ser combatidas...

Ahhh mulher! Lá tens idade pra ligar a certas coisas???

SIGA PRA BINGO!!
Aliás, euromilhões... esta semana há jackpot dos grandalhões... a ver se não te esqueces de jogar...

:)