quarta-feira, 30 de março de 2011

Cof Cof Cof Este blogue está cheio de pó, coitado! Como dar a volta a isto?
Havia tanto de que falar, não é? Em três meses de 2011 (quase quatro), tanta coisa aconteceu no mundo!


O país está em pleno caos, e a maior parte das pessoas que conheço (eu incluída) sente-se desmotivada no trabalho porque ganha pouco (ou não ganha nada) e trabalha o mesmo (senão mais!), o Japão está radioactivo e a pôr o mundo a pensar nas centrais nucleares, o Obama não consegue estar à altura das elevadas expectativas nele depositadas, o Kadhafi não vai deixar a Líbia tão depressa e ninguém o vai tirar de lá à força porque o petróleo faz falta, o povo é roubado sem poder fazer nada, o governo cai, a geração à rasca sai à rua, as opiniões dividem-se, mas o rei vai nú e contra factos não há argumentos.


Este texto tem falta de vírgulas, mas ainda tem os "c" e as outras consoantes mudas. Daqui a uns tempos poderei estar a escrever ao abrigo do acordo ortográfico, para me habituar a esta forma de escrever, pois precisarei de ser fluente em "português 'dao'" por motivos profissionais.


Que mais posso dizer para rematar este texto?


Talvez que melhores dias virão...


4 comentários:

Ana disse...

E depois do pó sacudido, há que não voltar a fechar as portas.

Welcome back:-)

Gonçalo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gonçalo disse...

Olá, concordo plenamente contigo... Nestes momentos de transformação só encontro consolo na leitura. Obrigado e aqui vai uma parte da grande obra de Fernando Pessoa.


" Considero a vida uma estalagem onde tenho que me demorar até que chegue a diligência do abismo.
Não sei aonde me levará, porque não sei nada. Poderia considerar esta estalagem uma prisão, porque estou compelido a aguardar nela; poderia considerá-la um lugar de sociáveis, porque aqui me encontro com outros.
Não sou, porém, nem impaciente nem comum. Deixo ao que são os que se fecham no quarto, deitados moles na cama onde esperam sem sono; deixo ao que fazem os que conversam nas salas, de onde as músicas e as vozes chegam cómodas até mim. Sento-me à porta e embebo os meus olhos e ouvidos das cores e nos sons da paisagem, e canto lento, para mim,
para mim só, vagos cantos que componho enquanto espero.
Para todos nós descerá a noite e chegará a diligência. Gozo a brisa que me dão e a alma que me deram para gozá-la, e não interrogo mais nem procuro.
Se o que quiser deixar escrito no livro dos viajantes puder, relido um dia por outros, entretê-los também na passagem, será bem.
Se não o lerem, nem se entretiverem, será bem também. "

Me disse...

'Tou sim? Hello?!?!?! Anyone home!??!?!